A pequena Ingrid nasceu muito prematura, tinha apenas 29 semanas quando veio a este mundo, um momento de alegria que deu lugar para preocupações e sofrimentos, com a menina apresentando um quadro sério de hidrocefalia e atraso importante neuropsicomotor. Parecia que a tristeza tinha invadido o seio daquela família.
Lembro que os seus primeiros meses de vida foram na UTI, entre a vida e a morte, fazendo uso de ventilação mecânica, e sofrendo 07 cirurgias. Uma delas para a colocação de uma válvula de derivação na cabeça que utiliza até hoje, para controle de pressão e drenagem de líquidos.
A foto ao lado é de quando ele implantou a válvula, hoje ela já está mais crescidinha, mas infelizmente apresenta vários déficits neurológicos, epilepsia e paralisia cerebral. Usa uma cadeira de rodas recebida em doação, não anda e nem se alimenta sem o auxílio da mãe. Gasta inúmeras fraldas durante o dia devido a válvula na cabeça e precisa de várias medicações controladas.
Sabemos que ela nunca vai correr como uma criança normal, mas se conseguirmos que ela receba os tratamentos adequados, as fisioterapias, medicamentos e cuidados, ela pode sim melhorar os movimentos e até quem sabe conseguir andar um dia. Que benção será. Amém.
